Quando perguntámos a Carlos Morgado, licenciado em Direito pela Universidade do Minho, como surgiu a ideia para a aplicação ChronosLex, respondeu-nos de forma inspiradora e determinada: “Nasceu dos esforços conjuntos de dois jovens multívolos e sonhadores, que nunca esperaram por oportunidades ou pelo momento certo, nem por estar tudo a nosso favor, porque a melhor maneira de prever o futuro é sermos nós mesmos a criá-lo.” 

A ChronosLex é uma aplicação móvel, destinada a profissionais na área legal, que permite aos seus utilizadores fazerem a contagem automática dos prazos processuais, bastando-lhes indicar a data em que receberam a notificação e selecionar o tipo de processo em causa para que, em poucos segundos, possam saber qual é o prazo que terão que observar para praticarem um dado ato processual.

A ideia partiu do antigo aluno que, nas aulas de Direito Processual Civil, reparou na dificuldade e na complexidade inerentes à contagem dos prazos processuais. Pensou numa solução que poupasse tempo e dinheiro aos advogados, uma aplicação que fizesse a contagem automática dos prazos e permitisse aos seus utilizadores o controlo e gestão processuais. Como não conseguia desenvolver o projeto sozinho, decidiu chamar o seu amigo João Temporão, também ele um empreendedor e amante de desafios, que se encarregou da parte financeira. Desde então, e segundo o alumnus, ‘deixei de me referir à ChronosLex como o “meu projeto” para lhe chamar o “nosso projeto”’. 

Picture2.png                        Carlos  Morgado                                                                                                     João Temporão

A ChronosLex foi levada à XIII Edição do IdeaLab 2015, Laboratório de Ideias de Negócio promovido, anualmente, pela TecMinho. Esta participação foi um passo essencial nos primeiros passos da transformação da ideia de negócio numa realidade. “Depois de termos passado pela rigorosa e agitada sessão de ideação do IdeaLab, onde apresentamos a nossa ideia, pela primeira vez, à organização, formadores e outros concorrentes, ficamos a saber, na sessão de abertura e de apresentação, quem seria mentor do nosso projeto”, explica Carlos Morgado. Este papel coube a Paulo Faria, ex-aluno do curso de Administração Pública da UMinho e Consultor da interface da Universidade do Minho, que “nos foi dando as melhores soluções para os problemas e obstáculos que se foram atravessando no caminho e sugestões em como melhorar o plano de negócios final, que hoje nos serve de base”, acrescenta o advogado. 

Para além de destacar o forte contributo da TecMinho na planificação e execução do projeto, o antigo aluno realça a importância que a sua passagem pela academia minhota teve no seu percurso profissional e de empreendedor. Para Carlos Morgado a academia minhota foi a sua primeira opção, uma vez que a considera uma das melhores Faculdades de Direito do país e dotada de um corpo docente qualificado que contribuiu para a sua formação e transmitiu-lhe os conhecimentos que hoje aplica no seu dia-a-dia. “O nível elevado em que é colocada a fasquia na Escola de Direito da Universidade do Minho obrigou-me a dar o melhor de mim, a empenhar-me e a concertar esforços para tirar o melhor proveito do curso. Foi esta a Universidade que me transmitiu os conhecimentos nucleares que me poderão fazer progredir na minha vida profissional”, sublinha o ex-aluno. 

De momento os dois sócios-gerentes estão a finalizar o protótipo da aplicação, contando com a colaboração de programadores, informáticos, web e app designers que se têm debruçado na materialização da ideia. “Estamos a ultimar algumas das funcionalidades, em concreto, estamos a fazer de tudo para assegurar uma contagem rigorosa dos prazos processuais, a sincronização entre dispositivos (computador, smartphone e tablet) e a possibilidade de anexar documentos”, conta-nos o empreendedor. 

Terminada esta fase, têm pela frente a tarefa de a lançar no Mercado: no Google Play - nas versões Android - e na App Store - para os dispositivos IOS. Terão ainda de apostar fortemente na divulgação da aplicação junto dos advogados de quem têm recebido um feedback muito positivo. Esta operação de promoção passará por participar em conferências onde estejam presentes profissionais da área do Direito e estabelecer parcerias com instituições de relevo e sociedades de advogados que facilitem a entrada e o crescimento no mercado nacional. “Ao mesmo tempo, e porque são grandes as nossas ambições, queremos estudar e analisar melhor os mercados europeus e norte-americano, com vista à internacionalização do nosso negócio”, responde, assertivamente, Carlos Morgado quando lhe perguntamos sobre as aspirações para a aplicação que, segundo as suas palavras “um dia estará no smartphone de todos os advogados portugueses.” Assim o esperamos. 

* Artigo da rubrica Ecossistema de Inovação e Empreendedorismo da News​​letter Nós Alumni, desenvolvido em parceria com a TecMinho ​​

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