​Sedeada em Vila Nova de Famalicão, a ESI é uma empresa de base tecnológica, criada com o objetivo de apoiar as empresas, tornando-as mais competitivas e rentáveis. Engenharia, Soluções e Inovação são os valores que norteiam a empresa que utiliza os diferentes ramos de engenharia como base para gerar soluções e resolução de problemas dos seus clientes. A empresa desenvolve projetos exclusivos, à medida de cada cliente, o que tem permitido aos seus parceiros alcançarem altos níveis de competitividade e desempenho, valorizando o tempo e aumentando a qualidade. 

A ESI começou por ser projeto de estágio de três engenheiros mecânicos da Universidade do Minho, Gil Sousa, Reinaldo Ribeiro e Luís Leitão. Na altura desenvolveram uma solução inovadora para um equipamento com o qual concorreram a um concurso nacional de inovação promovido pela TecMinho. Foram premiados com uma patente o que proporcionou contactos com o mercado de trabalho. Em 2007 abriram a empresa ESI, alavancada por clientes com exigências concreta​s e capital para as viabilizar. Começaram assim a desenvolver inúmeros projetos I&D, alguns deles premiados, que resultaram na criação de patentes e no começo do percurso bem-sucedido do grupo.​​
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A ESI tem vindo a atuar em vário tipos de setores industriais como o alimentar, automóvel, metalomecânica, médico, construção, madeira, polímeros, entre outros e isso, é um dos seus principais fatores de diferenciação. Segundo Gil Sousa, administrador do Grupo e responsável pela área comercial, “a maioria das empresas em Portugal que trabalham em projetos à medida estão muito vocacionados para o setor automóvel que é o que, tradicionalmente, tem mais projetos com este tipo de características. O que fizemos foi penetrar no tecido empresarial global, ou seja, tanto trabalhamos no setor das madeiras com o IKEA, no setor das cortiças com o Grupo Amorim, como no setor dos plásticos como a Polisport e o Grupo Simoldes, e isso tem-nos permitido, não só uma abrangência de mercado maior, como também fazer transferência de tecnologia de um setor para outro”. 

As parcerias estratégicas estabelecidas em diferentes áreas tecnológicas têm sido decisivas para o sucesso global dos projetos da ESI, como é o caso, da parceria com a marca alemã de Robots Kuka (marca número 1 da Industria Automóvel). “A robótica proporciona-nos utilizar alta tecnologia, tanto a nível de velocidade como de posicionamento. São maquinas muito evoluídas que conseguem ir do ponto A ao ponto B com muita velocidade e precisão. A engenharia, nesse processo, entra na ferramenta com o qual o robot vai trabalhar, na programação que vai ter e, por vezes, nas máquinas periféricas com as quais vai interagir”, relata o administrador da empresa.​

A ESI conta, neste momento, com 15 colaboradores com formação em Engenharia, sendo que a mecânica é o componente mais forte, mas também a automação e a robótica. Têm integrado recém-licenciados, dois deles do curso de Engenharia Mecânica da Universidade do Minho, investindo na formação dessas pessoas. “Gostamos de pessoas que tenham alguma visão, que gostem mesmo disto e se identifiquem com a empresa. Para além da componente técnica, que é muito importante, o nosso recrutamento tem sido também algo exigente no sentido prático, ou seja, que a pessoa mostre que pensa um bocadinho à frente, que tem mente aberta e que gosta desta área”, conta Gil Sousa. 

A Universidade do Minho teve um impato muito grande no percurso dos seus três sócios fundadores. Para além de se terem conhecido nesta instituição, Gil Sousa sublinha que “a UMinho tem um corpo docente muito capaz, especificamente o departamento de Engenharia Mecânica, que tem sempre tentado passar uma cultura empreendedora, mas também por haver uma ligação forte entre a Universidade e a inovação e esse aspeto ser fomentado pelos seus professores.” Ainda sobre este assunto o sócio-fundador destaca o papel determinante da TecMinho, “uma agência de inovação da UMinho que é uma ponte fundamental entre o meio académico e a indústria.” 

Ser alumnus da Universidade do Minho representa para Gil Sousa um fator de orgulho porque, “para além de todo o seu reconhecimento internacional, na área da engenharia reconheço que há uma identificação dos ex-alunos na forma de pensar, na forma de estar e na forma de ver o mundo.” Gil Sousa realça ainda que a Universidade do Minho “foi a ferramenta que proporcionou começar este negócio. A base para crescer como pessoa e como engenheiro.”

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Um dos objetivos ainda para 2015, será constituir uma nova empresa com 4 sócios, os três fundadores da ESI e o designer Vítor de Castro Lopes. Esta sociedade pretende aprofundar algo que a empresa já tem vindo a explorar, a conjugação da engenharia mecânica com a arquitetura, design e artes. Segundo Gil Sousa, “a ESI não tem mãos a medir aos trabalhos que consegue fazer e também não fazia sentido esquecermos essa área por ser tão interessante e em que há mercado, principalmente internacional, como o russo, o árabe e o chinês, mercados muito fortes em produtos de luxo feitos, exclusivamente, para um cliente”. O grupo já está já a desenvolver uma linha de produtos ligados à alta-segurança e ao lazer, assim como soluções para projetos de arquitetura específicos. 

O futuro adivinha-se promissor para a ESI. O sócio-fundador da empresa diz que “tem sido um percurso bastante interessante, não só em termos das vendas, mas também nos setores em que vamos penetrando, na qualidade das indústrias com que vamos trabalhando, nos parceiros que temos tido que é também fundamental para o nosso sucesso.” As receitas alcançadas pela empresa são prova disso. Para 2015 já garantiu uma faturação de 1,5 milhões de euros, só com uma venda, e em 2014 as vendas atingiram 1,4 milhões de euros com cerca de 10 projetos. 

* Artigo da rubrica Ecossistema de Inovação e Empreendedorismo da News​​letter Nós Alumni, desenvolvido em parceria com a TecMinho ​​

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